Diretoria do Conselho destaca que o CEBIO conecta capacitação, pesquisa aplicada, extensão e sustentabilidade, com foco em bioinsumos

Em sua última etapa no primeiro semestre deste ano, o Projeto CFTA nos Estados visitou o Centro de Excelência em Bioinsumos (CEBIO), no HUB Goiás, em Goiânia. O CEBIO é considerado referência nacional em pesquisa, capacitação e políticas públicas para a agricultura sustentável.

Durante a visita, o presidente do Conselho Federal dos Técnicos Agrícolas (CFTA), Mário Limberger, e o assessor institucional da autarquia federal, o ex-senador Valdir Raupp, se reuniram com representantes da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) e do Instituto Federal Goiano (IF Goiano).

“O que vimos aqui é uma proposta articulada, que conecta capacitação, pesquisa aplicada, extensão e sustentabilidade. Goiás está à frente com uma política consistente e inspiradora para outros estados”, disse Mário Limberger.

As ações do CEBIO estão em consonância com a Lei Estadual nº Lei nº 21.005, de 14 de maio de 2021, que dispõe sobre a política estadual de bioinsumos, e com o Plano Nacional de Bioinsumos.

“Goiás tem uma lei estadual que trata de um programa de bioinsumos e que é executada pela Fapeg com o Instituto Federal Goiano”, assinalou Mário Limberger.

O projeto de produção de bioinsumos é desenvolvido em 12 unidades do Instituto Federal Goiano. “Essa é uma iniciativa muito importante para treinar produtores, porque eles precisam ser orientados sobre os riscos que existem em relação à produção de bioinsumos na propriedade. É necessário que todos entendam que é preciso ter segurança alimentar na produção de bionsumos.”

Responsáveis Técnicos

Mário Limberger lembrou ainda que o interesse do CFTA pelo tema se deve ao fato que os Técnicos Agrícolas foram incluídos, na lei federal sobre a matéria aprovada pelo Congresso Nacional em 2024, entre os profissionais responsáveis técnicos pela produção de bioinsumos.

“Por isso, estamos buscando conhecer modelos de unidades produtoras de biosinsumos para apoiar ainda mais a capacitação dos nossos profissionais. Até o momento, além do CEBIO, em Goiânia, conhecemos uma fábrica de bioisumos, da Beifort, do Técnico Agrícola Valdecir Ferrari, em Garildi, no Rio Grande do Sul, que é um exemplo.”

O presidente do CFTA enfatizou ainda que a iniciativa do estado de Goiás é muito importante para o desenvolvimento da agricultura brasileira. “A parceria Fapeg e o Instituto Federal Goiano é muito importante e mostra a preocupação do governo estadual em qualificar o produtor rural, principalmente os da agricultura familiar, para reduzir os custos de produção.”

Para o assessor institucional do CFTA, o CEBIO mostra como a ciência pode impactar o desenvolvimento regional, com resultados concretos para pequenos, médios e grandes produtores. “É um exemplo de política pública que merece ser replicado”, acrescentou Valdir Raupp.

No Encontro Nacional de Lideranças da Categoria, realizado na Sede Operacional do CFTA, em Porto Alegre/RS, entre os dias 24 e 27 de abril, a FENATA e o CFTA aprovaram a realização de diversos cursos de especialização, entre eles o de Bioinsumos, por considerarem fundamental para o fortalecimento de uma agricultura sustentável, com redução nos custos de produção. Esse será um novo desafio no campo, com a participação ativa dos profissionais Técnicos Agrícolas.

Apoio a projetos

Já o presidente da Fapeg, Marcos Arriel, destacou o papel do Governo de Goiás no apoio a projetos de ciência, tecnologia e inovação que dialogam com as vocações produtivas do estado:

“O CEBIO é fruto de uma política pública ousada e estruturante, com forte apoio do governador Ronaldo Caiado. Goiás tem investido em centros de excelência que transformam conhecimento científico em soluções práticas, especialmente no agro, com foco em bioinsumos.”

Também presente à reunião, o pró-reitor de pesquisa e pós-graduação do IF Goiano, Alan Costa, apresentou a estrutura do centro e suas frentes de atuação, que incluem a formação técnica e pós-técnica, cursos FIC, especialização gratuita em bioinsumos, capacitação de comunidades quilombolas e indígenas, ações voltadas ao controle de qualidade de bioinsumos, análise de indicadores ambientais e internacionalização por meio de parcerias como a realizada com a Embaixada do Quênia:

“A Fapeg é parceira em praticamente todos os projetos que estruturam o CEBIO. Esse apoio tem sido fundamental para avançarmos com capilaridade em todo o estado.”

O CEBIO tem atuação em diversas regiões goianas e se organiza em três eixos principais: capacitação de recursos humanos, pesquisa e inovação, e desenvolvimento regional com sustentabilidade.