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Produtores do estado de São Paulo devem ficar atentos à atualização do Cadastro Ambiental Rural

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Alerta é do Técnico Agrícola Valdecir Aparecido Vasconcelos, diretor Financeiro do CFTA, que constatou inconsistência no modelo de atualização automática do CAR adotado por São Paulo

 

Os produtores rurais do estado de São Paulo devem ficar atentos às atualizações automáticas do Cadastro Ambiental Rural (CAR) de suas propriedades, para que não venham a ter prejuízos com a incorporação de áreas produtivas às reservas legais. O alerta do Técnico Agrícola Valdecir Aparecido Vasconcelos, especialista em regularização ambiental e diretor Financeiro do Conselho Federal de Técnicos Agrícolas (CFTA).

De acordo com Valdecir, o estado de São Paulo passou, nos últimos anos, a fazer a atualização automática do CAR sobrepondo a base de dados oficiais às das propriedades. “E, também nos últimos meses, constatamos que o aceite passou a ser dado automaticamente pelo sistema, sem o aval do produtor rural.”

Isso, segundo Valdecir, representa um grande risco para os agricultores e pecuaristas, porque nem sempre as informações da base de dados oficiais coincidem com a realidade da ocupação da propriedade rural, ou seja, qual área é destinada à produção e qual área deve ser preservada por ser reserva legal.

Tal irregularidade foi constatada pelo próprio Técnico Agrícola ao fazer a checagem da atualização automática de algumas propriedades rurais. Ao realizar a conferência, Valdecir descobriu que há casos em que áreas de plantio ou criação regulares – e até mesmo aqueles ocupadas pelas administrações das fazendas – estão sendo incluídas na área de reserva legal, sem o conhecimento nem o consentimento dos produtores rurais.

Diante disso, Valdecir recomenda que os produtores rurais paulistas procurem os profissionais responsáveis pelo preenchimento de seu Cadastro Ambiental Rural ou as unidades da Secretaria de Agricultura para conferir como está a situação de sua propriedade no sistema CAR. Caso seja detectado algum erro, é preciso corrigi-lo, para que os produtores não venham, por exemplo, a ser multados por crime ambiental por algum equívoco cometido pelo sistema de atualização automática do CAR.

 

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