Enchente no RS: CFTA faz apelo por socorro a desabrigados
Conselho Federal dos Técnicos Agrícolas, FENATA e ATARGS também enfatizam que os governos federal e do estado precisarão adotar medidas de apoio aos produtores rurais e aos Técnicos Agrícolas.
O Rio Grande do Sul é um estado arrasado pela maior tragédia climática de sua história. Atingido por temporais e enchentes desde início deste mês de maio, o território gaúcho tem 336 municípios em estado de calamidade pública, mais de 90 mortos, 131 desaparecidos e 362 feridos. Ao todo, as chuvas e as cheias dos rios afetaram 1,4 milhão de pessoas, deixando quase 205 mil fora de casa. Deste total, cerca de 50 mil estão em abrigos e 156 mil desalojados.
A enchente destruiu pontes, estradas, avenidas, ruas, e invadiu a capital Porto Alegre e os municípios da região metropolitana e do interior do estado. Enquanto nas cidades as águas alagaram casas e edifícios, no campo elas inundaram propriedades rurais, afetando plantações de arroz, milho, soja e hortaliças, além de pomares de frutas e criações de animais (bovinos, suínos e aves).
Fonte: AFP
Frigoríficos e laticínios
A tragédia climática também afetou frigoríficos, laticínios, indústrias de beneficiamento de grãos e demais unidades alimentícias, o que deve comprometer a produção de alimentos no RS, um dos principais polos agrícolas do Brasil. Empresas de assistência técnica agropecuária e de outros ramos igualmente tiveram suas atividades prejudicadas.
Entre os desabrigados, principalmente nos municípios do interior do estado, há inúmeros Técnicos Agrícolas (TAs). Esses profissionais, que apoiam pequenos, médios e grandes produtores e empresas agropecuárias, também vão precisar de apoio dos governos federal e do RS na retomada de suas atividades quando a situação se normalizar.
Apoio emergencial
“Todo o setor agropecuário precisará de apoio emergencial do governo federal, principalmente por intermédio dos Ministérios da Agricultura e Pecuária, do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar e da Fazenda, para que possam retomar suas atividades”, enfatiza a Diretoria do CFTA.
Entre as medidas emergenciais de apoio, o setor agropecuário reivindica a prorrogação das parcelas do crédito de custeio, comercialização, investimento e industrialização e abertura de linhas de financiamento especial para reconstrução, reinvestimento e capital de giro.
CFTA
Neste momento, o Conselho Federal dos Técnicos Agrícolas (CFTA) está impossibilitado de operar em sua sede, localizada no Centro de Porto Alegre, inundado pelas águas do Lago Guaíba.
Mesmo assim, os colaboradores do CFTA estão trabalhando em regime de home office para atender as demandas dos Técnicos Agrícolas gaúchos e do restante do País. A sede institucional, em Brasília, está funcionando normalmente.
Diante deste cenário catastrófico, o CFTA, assim como a FENATA – Federação Nacional dos Técnicos Agrícolas e a ATARGS – Associação dos Técnicos Agrícolas do Estado do Rio Grande do Sul apelam à sociedade por ajuda às vítimas das enchentes no RS. Há diversos canais para doações em dinheiro (PIX) e de água potável, materiais de higiene e limpeza, colchões, cobertores, agasalhos e alimentos.
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