Dia da Mulher: CFTA homenageia Técnicas Agrícolas e agricultoras
Conselho Federal dos Técnicos Agrícolas destaca contribuição das mulheres para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro
O Conselho Federal dos Técnicos Agrícola (CFTA) expressa, neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, seu reconhecimento à contribuição das mulheres para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro, especialmente às Técnicas Agrícolas, que atuam tanto no campo quanto nas demais cadeias ligadas às atividades rurais, no cooperativismo, no serviço público e nas instituições de ensino e pesquisa.
No Brasil, as mulheres sempre tiveram importante participação no setor rural, desde o período colonial até os dias atuais. Tal contribuição se ampliou ainda mais nas últimas quatro décadas, acompanhando o crescimento do agronegócio brasileiro, hoje um dos setores mais exitosos da economia nacional e um dos mais bem-sucedidos no cenário internacional.
“As digitais das trabalhadoras e empreendedoras rurais estão impregnadas na evolução do agro brasileiro, notadamente da agricultura familiar”, pontua o presidente do CFTA, Mário Limberger. Hoje, acrescenta, as mulheres têm presença expressiva não só na lida do campo, mas também nas atividades de planeamento, gestão, saúde animal e vegetal, comércio exterior etc.
A exemplo das agricultoras e empresárias do agro, as Técnicas Agrícolas também estão espalhadas por diferentes áreas rurais, desde a meteorologia à vitivinicultura. Enfim, as mulheres Técnicos Agrícolas atuam em vários segmentos da assistência técnica e da extensão rural pública e privada, dando apoio aos pequenos, médios e grandes produtores.
Propriedades rurais
No campo, especificamente, há quase 1 milhão de propriedades rurais dirigidas por mulheres. A partir de dados do Censo Agropecuário de 2017, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) identificou 947 mil mulheres responsáveis pela gestão de fazendas, de um universo de 5,07 milhões.
Ainda segundo o IBGE, juntas, as mulheres administram cerca de 30 milhões de hectares, o que corresponde a 8,5% da área total ocupada pelos estabelecimentos rurais brasileiros.
A maioria das propriedades rurais comandadas por mulheres está na Região Nordeste (57%), seguida pelo Sudeste (14%), Norte (12%), Sul (11%) e Centro-Oeste, que concentra apenas 6% desse universo.
Do total geral de estabelecimentos identificados pelo Censo Agropecuário 2017 (5,07 milhões), as mulheres são proprietárias de 19%, enquanto os homens detêm 81%.
Atividades econômicas
Com relação às atividades econômicas desempenhadas nas propriedades, há uma diferença entre mulheres proprietárias e não proprietárias.
Entre as proprietárias, 50% das atividades econômicas estão relacionadas à pecuária e criação de outros animais; 32% à produção de lavouras temporárias e 11% à produção de lavouras permanentes.
Entre as não proprietárias (produtoras sem área; concessionárias ou assentadas aguardando titulação definitiva; ocupantes; comandatárias; parceiras ou arrendatárias), 42% das atividades econômicas estão relacionadas à produção de lavouras temporárias; 39% à pecuária e criação de outros animais e 7% à produção de lavouras permanentes.
As demais se encontram distribuídas entre produção florestal (florestas nativas e florestas plantadas), horticultura e floricultura, aquicultura, pesca e produção de sementes e mudas certificadas.