CFTA e Frente Parlamentar em Defesa dos Técnicos Agrícolas fazem reunião extraordinária em Brasília
O Conselho Federal dos Técnicos Agrícolas (CFTA) e a Frente Parlamentar em Defesa dos Técnicos Agrícolas se reuniram extraordinariamente, nessa quarta-feira (19), para alinhar as prioridades da categoria, como a valorização da profissão de técnicos agrícolas. Também foi anunciada a realização de uma reunião do CFTA com apoio da FENATA reunindo conselheiros federais, diretoria do CFTA e da FENATA além do conselho consultivo no inicio de dezembro, para discutir e aprovar as principais pautas emergenciais dos técnicos agrícolas.
Os presidentes do CFTA, Mário Limberger, e da Frente Parlamentar, deputado federal reeleito Lúcio Mosquini (RO), entendem que chegou o momento de reforçar à sociedade e ao agronegócio a importância do trabalho dos técnicos agrícolas para o crescimento da produção de alimentos no Brasil nos últimos 40 anos. A reunião também contou com a participação do ex-senador Valdir Raupp, assessor institucional do CFTA.
“O Brasil tem hoje em torno de 150 mil técnicos agrícolas atuando em diversas áreas do agronegócio, como na elaboração de projetos e laudos de crédito rural, projetos ambientais, georreferenciamento, assistência técnica e extensão rural em apoio aos pequenos, médios e grandes produtores. O resultado desse trabalho tem sido o aumento constante da produção de alimentos para garantir a segurança alimentar dos brasileiros e ter excedentes para exportar para mais de 200 países e alimentar um bilhão de pessoas no mundo", destacou Deputado Mosquini.
“Temos que reverter o apoio dos técnicos agrícolas na produção do agronegócio Brasileiro em valorização profissional”, acrescenta Limberger. Para tanto, o CFTA encomendou a uma consultoria especializada um estudo sobre o salário recebido pelos técnicos agrícolas nas diferentes regiões do brasil. O levantamento deverá orientar as ações do CFTA, da Frente Parlamentar e da FENATA para estabelecer um salário referência digno para a Categoria.
Segundo Limberger, o impasse criado com o piso salarial da Enfermagem travou a disposição do Congresso Nacional em discutir projetos semelhantes neste momento, o que impõe a necessidade de buscar outros caminhos para a valorização dos técnicos agrícolas. “Temos que encontrar alternativas para conseguirmos avançar neste tema, sem ficarmos restritos ao Legislativo.”
Uma das alternativas que o CFTA trabalha, com apoio da Frente Parlamentar e da FENATA é a da melhoria dos salários dos técnicos agrícolas das empresas públicas e privadas. “Vamos dialogar como exemplo a Confederação Nacional dos Municípios para que possamos sensibilizar os prefeitos a pagarem um salário digno aos Técnicos Agrícolas, que hoje têm uma remuneração muito abaixo do que um profissional necessita para sustentar sua família. Este é um dos caminhos que buscaremos para valorizar nossa profissão.”
Limberger adianta também que, paralelamente, buscará entendimentos com o setor privado do agronegócio para propor uma negociação sobre remuneração justa para os técnicos agrícolas, tendo em vista que a profissão tem atribuições profissionais para atender todas as demandas de serviços no setor agropecuário.
Fonte: Comunicação CFTA